A Justiça do Distrito Federal condenou nesta sexta-feira (18) mais um acusado de participar da tentativa de explosão de uma bomba perto do Aeroporto Internacional de Brasília, na véspera do Natal de 2022. O atentado seria mais uma forma de desestabilizar o país e impedir a posse do então presidente eleito Luís Inácio Lula da Silva.
Conforme a sentença, Wellington Macedo de Souza foi condenado a seis anos de prisão em regime fechado. Ele foi acusado de expor a integridade física da população mediante uso de explosivo, que foi colocado próximo a um caminhão-tanque que estava estacionado nos arredores do aeroporto. Welligton está foragido da Justiça.
Em maio, outros dois acusados de participação na tentativa de explosão foram condenados. A Justiça apenou o empresário George Washington de Oliveira Sousa a 9 anos e 4 meses de prisão. Já Alan Diego dos Santos Rodrigues foi condenado a 5 anos e 4 meses. As condutas envolvem os crimes de explosão, causar incêndio e posse arma de fogo sem autorização.
De acordo com o juiz do caso, antes da tentativa de explosão, os dois acusados se conheceram no acampamento montado por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro em frente ao quartel do Exército em Brasília.
EXPLODIR ÁREA DE EMBARQUE
O plano inicial do atentado terrorista que foi descoberto após um caminhoneiro ver uma bomba sob um caminhão carregado com querosene de aviação perto do Aeroporto de Brasília em 24 de dezembro de 2022 era explodir o artefato dentro da área de embarque do terminal, o terceiro mais movimentado do país.
A revelação foi feita por Alan Diego dos Santos Rodrigues, preso por envolvimento na tentativa de atentado de 24 de dezembro. Ele fez a declaração em depoimento à Polícia Civil do Distrito Federal. Alan Diego contou, na sexta-feira (20), que o plano de George Washington de Oliveira, 54 anos, era deixar a bomba na área de embarque do aeroporto. George Washington foi o primeiro a ser preso na investigação do atentado. Ele confessou ser o responsável pela confecção do artefato explosivo.
Ainda no depoimento, Alan Diego disse ter recebido a bomba de George Washington no acampamento bolsonarista montado em frente ao Quartel-general do Exército em Brasília, na véspera do Natal. Pouco depois, deixou o explosivo no paralama de um caminhão-tanque perto do aeroporto.
Alan Diego afirmou que a ordem de George Washington era deixar o artefato na área de embarque. Alan Diego, no entanto, disse, aos investigadores, que não “achou correto”. Por isso, mudou o plano e colocou o artefato no paralama traseiro de um caminhão-tanque, entre 3h e 4h de 24 de dezembro de 2022.
Edição: Jotha Lee
Comunicação Sintram
Com informações da Agência Brasil