Um dos muitos brasileiros que ainda não conseguiram retornar ao país por causa das restrições de circulação impostas pelo esforço contra a disseminação do novo coronavírus é o professor Ricardo Tostes Gazzinelli, do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da UFMG. Ele cumpria sua temporada anual de dois meses na University of Massachusetts, nos Estados Unidos, onde leciona e pesquisa – com foco em imunologia de doenças infecciosas, como a malária – e aguarda a retomada dos voos regulares para o Brasil. De forma irônica, o Sars-CoV-2 interfere (sem gravidade, felizmente) também na vida de um cientista que pode ter papel crucial na prevenção da Covid-19.
Coordenador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) em Vacinas, Gazzinelli é um dos líderes de projeto que une a UFMG, a Fiocruz, a USP e o Instituto Butantã com o objetivo de desenvolver uma vacina contra a Covid-19. Também pesquisador da Fiocruz e professor visitante na USP de Ribeirão Preto, detentor de distinções das fundações Rockefeller e John Simon Guggenheim, e títulos de Comendador e da Grã-Cruz da Ordem de Mérito Científico, entre outras, Ricardo Gazzinelli aborda nesta entrevista a pesquisa que pode levar à imunização, a história de sucesso da UFMG no campo das vacinas e o movimento do que ele chama de revalorização da ciência.
Fonte: Portal UFMG