Avenida Magalhães Pinto é interditada por tempo indeterminado

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Conclusão das obras de recuperação da via prevista para julho foi adiada para outubro

Obras de drenagem obrigam nova interdição na Avenida Magalhães Pinto (Foto: Diretoria de Comunicação/PMD)

A Avenida Magalhães Pinto, um dos principais corredores de acesso à região Central da cidade e ao anel rodoviário, volta a ter um trecho totalmente interditado para a continuidade das obras de recuperação da via. A interdição começou nesta quarta-feira (2) e a Prefeitura não informou quando o trecho será liberado. O trecho interditado fica entre as ruas Wilson de Oliveira e a Ponte João Coronha (Rua Ubá).

Em nota, a Prefeitura informou que o trecho ficará totalmente interditado “para a realização dos serviços de drenagem, conforme previsto em projeto”. De acordo com a Secretaria de Trânsito e Transporte (Settrans) os motoristas devem observar as mudanças e utilizar rotas alternativas.

A interdição vai causar enormes transtornos para o motorista que segue na direção do anel rodoviário, que será obrigado a utilizar uma rota alternativa passando por diversas ruas secundárias. O trânsito também sofrerá alterações significativas para o motorista que seguir no sentido da Avenida JK.

O mapa, distribuído pela Secretaria de Trânsito, mostra as rotas alternativas durante a interdição na Magalhães Pinto (Reprodução)

A Prefeitura informou, ainda, que as obras de recuperação do pavimento da Magalhães Pinto também continuam entre as ruas do Ferro e Itaguara, sendo que, onde obra o trânsito estará fechado parcialmente, sendo utilizada uma única pista para tráfego nos dois sentidos.

Segundo a Settrans “as interdições são necessárias, sendo de fundamental importância que os motoristas fiquem atentos à sinalização viária e, sempre que possível, evitem os trechos com obras e áreas interditadas”.

LONGA ESPERA

A Avenida Magalhães Pinto é uma das principais vias de ligação da cidade com o anel rodoviário e acesso à região centro, a Avenida Magalhães Pinto. Com uma extensão de quatro quilômetros, a via compreende o trecho entre o viaduto de acesso ao Bairro Nitérói e vai até o trevo do anel rodoviário. A Magalhães Pinto é uma das vias de trânsito mais intenso, já que além de ser saída para o anel rodoviário, é importante acesso à região central, comporta o trânsito para atendimento ao Complexo de Saúde São João de Deus, que inclui o Hospital do Câncer, e ainda é rota para dezenas de linhas do transporte coletivo urbano.

As obras de recuperação da via, inicialmente contratadas ao custo de R$ 9 milhões, deveriam ser executadas pela empreiteira Moura Campos, que venceu o processo licitatório de 2022. As obras só foram efetivamente iniciadas em agosto do ano passado, porém após três meses o contrato de prestação do serviço foi rescindido, a empreiteira Moura Campos recebeu cerca de R$ 2,5 milhão da Prefeitura e a recuperação da via foi paralisada.

Em janeiro desse ano, após mais de um mês de paralisação, o secretário de Fiscalização de Obras Públicas e Planejamento, Paulo José, explicou o que ocasionou a decisão de rescisão do contrato com a Moura Campos. “Durante as fiscalizações das obras foram identificadas algumas irregularidades, como é o caso do cumprimento do cronograma das atividades a serem executadas, na qual não estava sendo, e a empresa não se prontificou a atender. Então, após diversas notificações realizadas para a empresa responsável, nós optamos, por ordem do prefeito Gleidson, pela rescisão do contrato”, explicou.

RETOMADEA DAS OBRAS

Para a retomada das obras, anunciada em fevereiro desse ano, foi contratada a empreiteira Terramares, segunda colocada no processo licitatório realizado em 2023. Para finalizar as obras, o contrato inicial foi assinado ao custo de R$ 7.268.359,80, porém está sujeito a aditivos que podem encarecer ainda mais o valor final. A previsão de conclusão da obra, que antes era para julho, foi adiada para outubro.

Enquanto a obra não é concluída, o grande comércio ao longo da Avenida Magalhães Pinto no Bairro Niterói vem sofrendo prejuízos seguidos, já que houve redução no fluxo de veículos e, como consequência, o sumiço de clientes. Embora no contrato com a Terramares esteja previsto a conclusão das obras para outubro, oficialmente a Prefeitura não arrisca a divulgar uma definição concreta para a entrega do trecho totalmente recuperado.

Reportagem: Jotha Lee
Comunicação Sintram


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