Prefeito de Divinópolis eleva grau de risco devido ao avanço de doenças respiratórias e decreta estado de calamidade

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Prefeito eleva grau de risco e decreta estado de calamidade pública em Divinópolis (Foto: Jotha Lee/Sintram)

O prefeito de Divinópolis, Gleidson Azevedo, elevou o grau de risco da crise sanitária que Divinópolis enfrenta em razão do avanço das doenças provocadas pela Síndrome Respiratória Aguda Grave e decretou esta de calamidade em saúde pública na cidade pelos próximos 90 dias. A medida consta do Decreto 16.160/2024, publicado na edição desta terça-feira (7) do Diário Oficial dos Municípios. No dia 19 de março, o prefeito já havia decretado situação de emergência em decorrência do avanço da dengue na cidade.

De acordo com o Tribunal de Justiça de Minas Geais (TJMG) a decretação da situação de emergência indica que o comprometimento é parcial, a crise é menos grave e ainda não afetou a população. No estado de calamidade, como o prefeito acaba de decretar, o comprometimento é substancial, sendo a crise mais grave e já com efeitos sobre os cidadãos.

Não há estatística individual da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) sobre os números das doenças provocadas pela Síndrome Respiratória na cidade. Entretanto, o decreto para justificar a medida diz que a iniciativa foi necessária diante do “atual cenário epidemiológico do município de Divinópolis e de toda a Macrorregião Oeste, marcado pelo aumento exponencial de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave”.

A Prefeitura informa que a rede de saúde contratada pelo município é insuficiente para a atual demanda, atrasando o atendimento principalmente para crianças. De acordo com a Prefeitura, o aumento das síndromes respiratórias “tem impactado sobremaneira no atendimento da UPA Padre Roberto Cordeiro Martins, fazendo com que a unidade, única porta aberta de urgência e emergência do Município, atingisse índices de superlotação que alcançaram 300%” de sua capacidade.

Outra situação que torna o quadro ainda mais grave, conforme esclarece a Semusa, é a indisponibilidade de atendimento pediátrico na rede hospitalar privada. Essa situação está levando usuários de planos de saúde a procurarem atendimento na UPA. Ainda de acordo com a Prefeitura, do dia 1º a 30 de abril, apenas na UPA, foram realizados 2.405 atendimentos de crianças de zero a 14 anos.

NÚMEROS

Por outro lado, o avanço da dengue é outra preocupação no atual quadro da saúde pública da cidade. No dia 19 de março, quando a Prefeitura decretou situação de emergência, a Semusa contabilizava 2.991 casos confirmados de Dengue. No último boletim epidemiológico divulgado pela Semusa, no dia 2 desse mês, esse número saltou para 8.456 casos confirmados, aumento de 182,71% em pouco mais de 30 dias.

Reportagem: Jotha Lee
Comunicação Sintram


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