Sindicatos e Comissão Unificada se reúnem amanhã (25) com o Executivo para discutir revisão salarial

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Enquanto Prefeitura de Divinópolis se nega a cumprir a revisão, cidades da região já estão cumprindo com a obrigação

Amanhã (25), às 13 horas, no Centro Administrativo da Prefeitura de Divinópolis,  o Sintram, Sintemmd e Comissão Unificada de Servidores da Campanha Salarial 2021 estarão em reunião  mais uma vez com representantes do Executivo para discutir o pagamento da revisão salarial. A reunião foi solicitada assim que a gestão Gleidson Azevedo, em abril desde ano, em ofício de resposta aos sindicatos relativo às pautas Campanha Salarial, se negou a cumprir a revisão salarial devida ao funcionalismo, sob o argumento que a mesma estaria vedada de acordo conforme entendimento jurídico da Procuradoria do município, acerca da Lei Complementar 173/2020 do Governo Bolsonaro.

Prefeito Gleidson Azevedo e a vice Janete Aparecida alegam que a revisão salarial está vedada de acordo com a Lei 173 do Governo Federal, no entanto vários municípios da região já cumpriram com a obrigação constitucional de revisão das perdas salariais derivadas da inflação do ano anterior

De acordo com a Lei Municipal do Gatilho (Lei 8.083) e considerando a data-base da categoria, desde os contracheques de março/2021 já deveria constar o percentual de 5,2% – IPCA  da Fundação Ipead/UFMG –  de revisão salarial, corrigindo as perdas da inflação do ano anterior. Enquanto a Prefeitura de Divinópolis se nega a cumprir a revisão do trabalhador municipal, sob o argumento da Lei 173/2020, várias Prefeituras da região já cumpriram com essa obrigação básica do gestor municipal, garantida pela Constituição Federal. A exemplo:  Araújos 6,22%; Carmo do Cajuru 5,45%; Carmo da Mata 5,03%; Bom Despacho, Córrego Danta, Cláudio, Lagoa da Prata, São Gonçalo do Pará e Luz  4,52%.

Os sindicatos, na primeira reunião, propuseram o parcelamento do índice, considerando a situação da pandemia de Covid-19 no município, no entanto não houve qualquer proposta da Prefeitura neste sentido. Na reunião, os sindicatos irão argumentar novamente a respeito da necessidade de cumprimento da revisão salarial, visto que os trabalhadores municipais, como qualquer outro trabalhador sofrem o impacto da inflação em seus salários, tendo que arcam com o reajuste de: gasolina, aluguel, alimentação, transporte,  inclusive o próprio IPTU da Prefeitura, etc.

Sintram

A presidente Luciana Santos destacou a importância de chegar a um consenso com a administração municipal na reunião de amanhã. “Estamos tentando esgotar todas as formas de diálogo com os representantes municipais, inclusive estivemos na Câmara Municipal, pedindo o apoio dos vereadores para o devido cumprimento da revisão salarial. Esperamos chegar a um acordo sobre a revisão devida a nossos servidores, que estão aguardando ansiosamente  o cumprimento desse direito, que inclusive foi promessa de campanha dos atuais gestores. O servidor municipal precisa ser valorizado, essa pandemia vem causando adoecimento de muitos colegas, com uma sobrecarga imensa de trabalho e o básico que esperam do gestor municipal é a devida correção de seus salários. A Lei 173/2020 é clara, que a administração municipal de Divinópolis  possa rever esse posicionamento e seguir o que a maioria das Prefeituras da nossa região já cumpriram, pagando o que é devido ao funcionalismo”, disse a presidente.

Clique aqui e confira texto divulgado pelos Sindicatos e Comissão Unificada sobre a primeira rodada de negociação da Campanha Salarial com a administração municipal.

Reportagem: Flávia Brandão
Comunicação Sintram


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