Óbitos por covid-19 aumentam mais de 84% em menos de três meses nas cidades da base do Sintram

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Presidente do Sindicato pede a gestores que aumentem segurança para servidores públicos

Um levantamento realizado pelo Portal do Sintram mostra que, em menos de três meses, no período compreendido entre 4 de janeiro desse ano a 22 de março, os óbitos em decorrência da covid-19 nas cidades da base territorial do Sindicato, tiveram um aumento alarmante de 84,58%. Os dados foram retirados dos boletins oficiais da Secretaria de Estado da Saúde (SES/MG), publicados nos dias 4 de janeiro e 22 de março.

No balanço não constam os dados divulgados ontem pelas secretarias municipais de Saúde dos municípios, uma vez que até o fechamento desta reportagem a SES/MG ainda não havia recebido os balanços municipais desta segunda-feira (22).

Os números são preocupantes. No caso de Divinópolis, cidade de maior população da base do Sintram, o aumento do número de mortes pela covid nesse período foi de 77,77%. Em Bom Despacho a situação ainda é mais grave, já que a cidade registrou aumento de 91,66% no número de óbitos no mesmo período. Já em Lagoa da Prata, o aumento foi de 91,66%.

A boa notícia é que ainda há cidades da base do sindicato que não registraram óbitos pela Covid-19, embora sejam municípios de baixíssima densidade demográfica. Córrego Danta e Tapiraí, segundo a SES/MG, não registraram vítimas do coronavírus.

As cidades pertencentes à base do Sintram representam uma população de 651.428 habitantes, ou 3,05% da população do Estado, que tem 21.292.666 moradores, conforme a estimativa populacional de 2020, publicada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Juntos, esses municípios contabilizavam 240 óbitos em 4 de janeiro desse ano. Agora, já são 443 mortos, aumento de 84,58%.

Veja no quadro abaixo a evolução dos óbitos pela covid-19 nas cidades da base do Sintram

A presidente do Sintram, Luciana Santos, diante desse crescimento alarmante no número de óbitos, diz que o momento exige mais atenção e cuidados com os profissionais de saúde. “Fizemos esse levantamento para que a população e os gestores tenham a exata dimensão da gravidade do momento que enfrentamos. Isso exige dos gestores, que os cuidados para a proteção de todos os servidores públicos, especialmente aos que estão na linha de frente de combate à covid-19, sejam redobrados, pois sem eles o caos pode se instalar de vez. E é preciso ressaltar, que está faltando profissional no mercado, portanto, os que ainda estão trabalhando, precisam de toda proteção possível para que continuem salvando vidas, mesmo diante de tanta adversidade como estamos observando nos últimos dias”, alerta Luciana Santos.

Já o vice-presidente do Sintram, Wellington Silva, lembra que esses profissionais já estão no limite de suas forças e que cabe ao poder público garantir, que continuem na luta pela vida. “Nossos servidores da saúde estão muito

próximos de um esgotamento mental, diante dessa guerra pela vida. É preciso apoio em todos os sentidos, inclusive psicológico, se isso for possível. No entanto, os equipamentos de proteção individual, condições de trabalho mais adequadas e apoio incondicional de suas chefias, são itens básicos e imprescindíveis para que nossos bravos trabalhadores continuem suportando essa angustiante jornada”, destaca o vice-presidente.

Reportagem: Jotha Lee
Comunicação Sintram

 


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