Secretários de Zema fodem de audiência na Assembleia para discutir o assunto

Uma audiência marcada para a manhã desta terça-feira (5) na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) teve que ser cancelada, em razão da ausência dos secretários de Estado que foram convidados. O objetivo da audiência era debater as denúncias de policiais militares, civis e bombeiros, sobre a redução e corte no abastecimento de viaturas policiais, o que está deixando localidades a descoberto em todas as regiões do Estado. Os cortes foram motivados pelo contigenciamento de despesas determinado pelo governador Romeu Zema (Novo) em abril desse ano.
Foram convidados para a reunião os titulares das Secretarias de Estado de Governo (Segov), de Planejamento e Gestão (Seplag) e de Fazenda (Sefaz), respectivamente Marcelo Aro, Sílvia Caroline Listgarten Dias e Luiz Claudio Fernandes Lourenço Gomes.
Os três secretários fujões enviaram representantes, alegando que tinham compromissos previamente agendados. O presidente da Comissão de Segurança Pública da ALMG, responsável pela convocação da audiência, deputado Sargento Rodrigues (PL) disse que os convites foram enviados aos secretários para a audiência antes do recesso parlamentar de julho, portanto, com antecedência para permitir suas presenças.
“O assunto aqui é muito grave, complexo e sério, trata-se de uma política pública das mais importantes do Estado, a que cuida dos bens mais valiosos, da liberdade, da vida e da proteção do patrimônio”, disse Sargento Rodrigues.
“Tenho recebido centenas de denúncias de policiais militares em todo o Estado relatando que viaturas estão sendo mantidas paradas em ponto base, com restrição de combustível entre 10 e 15 litros por turno e limite de quilometragem entre 30 e 40 km”, afirmou o deputado.
De acordo com Sargento Rodrigues, diversos relatos foram encaminhados também por delegacias do interior do Estado e pelo Corpo de Bombeiro, por causa de decreto do governo impondo o contingenciamento de despesas na administração pública. A medida afeta diretamente a segurança pública, deixando a população à mercê da criminalidade, conforme critica o deputado.
Na Polícia Militar, além do corte no fornecimento de combustível, a corporação também teve que suspender o treinamento policial, conforme comunicado emitido pela Academia Militar. Na Polícia Civil, foram cortados R$ 31 milhões do orçamento para esse ano.
“É inadmissível, não se pode cortar recursos de uma área tão essencial”, condena Sargento Rodrigues, registrando que relatos sobre prejuízos da medida têm se agravado, levando a população a ficar sem patrulhamento preventivo e sem resposta ágil às ocorrências.
Reportagem: Jotha Lee
Sintram Comunicação
Com informações da Assessoria