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Sessão do Tribunal Pleno do TCE desta quarta-feira (11) Imagem TV TCE

O Tribunal de Contas de Minas Gerais (TCE) determinou, liminarmente, que a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese), não assine eventual contrato com a entidade selecionada para executar o Programa Evolução Jovem. O programa visa atender 10 mil estudantes da Rede Pública Estadual, em 70 cidades mineiras, com realização de políticas públicas de socioaprendizagem e inclusão produtiva. Pelo edital, o Estado repassará mais de R$ 237 milhões à Rede Nacional de Aprendizagem, Promoção Social e Integração (Renapsi), que venceu a concorrência. A decisão do relator da Denúncia, conselheiro Licurgo Mourão, foi referendada por unanimidade pelo Tribunal Pleno nesta quarta-feira (11).

Entre as cidades que deverão ser beneficiadas pelo programa está Divinópolis, onde 78 jovens seriam alcançados pelos recursos. O governo do Estado não informou o valor financeiro que seria enviado para a cidade.

A denúncia, apresentada pela Associação Profissionalizante do Menor de Belo Horizonte (Assprom) e pela Rede Cidadã, questiona a exigência de qualificação, pela entidade vencedora, como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) no momento da assinatura do termo de parceria. Segundo as denunciantes, a exigência afasta entidades tradicionalmente habilitadas para execução destas políticas públicas, como aquelas detentoras do Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social (Cebas).

Em sua decisão, o relator reforça que “embora não tenha sido imposto às entidades a qualificação como OSCIP para participação no certame, a exigência de tal requisito, ainda que em momento posterior, caracteriza indevida restrição indireta de competividade no processo de seleção pública em questão”, destacando que devido à relevância da política pública proposta e os valores vultuosos “mostra-se inadequada a restrição, sem justificativa hábil, de entidades aptas ao cumprimento regular do objeto”, concluiu.

O presidente do TCE, conselheiro Durval Ângelo, referendou a decisão, destacando que “esse é o papel do Tribunal de Contas, estar vigilante e ser a voz da sociedade. Admitir que uma entidade seja punida por ter o mais (Cebas), é um equívoco, por isso disse que o relator nos trouxe uma jabuticaba mineira”, citou, em alusão a ser algo “peculiar” restringir a participação de entidades na licitação.

EVOLUÇÃO JOVEM

O “Programa Evolução Jovem” visa promover a inclusão produtiva e a socioaprendizagem de jovens em situação de vulnerabilidade social, entre 16 e 24 anos, em 70 municípios mineiros, a fim de promover a empregabilidade, a superação das desigualdades educacionais e a elevação da escolaridade média de jovens que enfrentam altas taxas de insucesso escolar, tais como abandono e reprovação. O programa integra formação socioemocional, profissional e escolar complementar, mentoria, acompanhamento socioassistencial, trabalho formal remunerado e certificação no programa.

Veja as 70 cidades que receberão o programa

Com informações do TCE


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