Desde o início da pandemia do Covid-19 (Novo Coronavírus), em Divinópolis, a diretoria do Sintram oficiou o Comitê de Enfrentamento, à Secretaria de Administração e a Procuradoria do Município, pedindo o afastamento dos servidores pertencentes ao grupo de risco à doença e  o fornecimento de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e material de higienização a todos os servidores. Neste período, a diretoria recebeu denúncias de servidores, relatando que a administração não estava cumprindo essa obrigação, logo o Sintram, mais uma vez, oficiou o Executivo e denunciou à imprensa e a população as condições precárias de trabalho imposta aos trabalhadores. Ontem (06/04), dando continuidade a esse trabalho para preservação da saúde dos servidores, a diretoria  esteve em visitação a diversos setores, verificando as condições de trabalho.

A diretoria  do Sintram foi representada nas visitas pela presidente, Luciana Santos, e pelo vice, Wellington Silva.  Foram visitados:  cemitérios da cidade e o Serviço Municipal do Luto; as  Farmácias Central e do Niterói; as  Ubs do Niterói e  Afonso Pena; e o PSF Primavera. De acordo com Wellington Silva,  nas visitas  a diretoria verificou e  questionou aos trabalhadores  se a administração está fornecendo  adequadamente os equipamentos de proteção individual (EPIS) e produtos de higienização (álcool em gel, sabonete, toalhas descartáveis, etc).  “Podemos constatar que em alguns locais como o Serviço do Luto e nos cemitérios, ainda não receberam equipamento de proteção individual adequado para essa condição, que estamos vivendo hoje de pandemia. O material  que o  pessoal tem lá é de uso do dia a dia, são  luvas, botas, mas aquele macacão específico e necessário para evitar a contaminação, principalmente dos servidores que trabalham nos Cemitérios e no Serviço de Luto, infelizmente ainda não tem”, disse o vice-presidente.

 

Providências

A diretoria do Sintram irá oficiar, mais uma vez,  a administração  municipal sobre essas situações, cobrando providências.   “Esperamos providência por parte da administração. Nós entendemos  e compreendemos a dificuldade, neste momento de conseguir esses EPIs, mas é necessário fazer um esforço, seja através de parcerias com empresários aqui de Divinópolis, a Prefeitura deve buscar meios de conseguir e corrigir o  mais rápido possível essa falta. Precisamos preservar  a saúde e proteger esses servidores, que estão na linha de frente da pandemia “, destacou Wellington.

MP

Além de oficiar novamente a Prefeitura de Divinópolis, em especial, a Secretaria de Obras e Operações Urbanas – Semsur, que tem a frente a secretária Cláudia Abreu Machado, que faz a gestão do Serviço do Luto e dos Cemitérios,  a diretoria  levará também ao conhecimento do Ministério Público do Trabalho o resultado dessa visitação, relatando a falta de Epis adequados, mesmo após o sindicato, há quase três semana, já ter cobrado da Prefeitura esse fornecimento.  “A gente chama atenção para que possa resolver  essa situação desses trabalhadores, que prestam serviço no Serviço Municipal do Luto e  nos cemitérios, o mais rápido possível. Nós estaremos atentos a isso e cobrando. Essa visita  foi provocada também pelo Ministério Público, o MP está questionando em relação a essa questão da segurança e saúde do trabalhador,  que está na linha de frente, e vamos também levar ao conhecimento do órgão essa situação, no sentido de resguardar a saúde e vida de nossos trabalhadores”, finalizou.

Posicionamento

A presidente do Sintram, Luciana Santos, destacou que o sindicato está atento não somente as condições de trabalho dos servidores de Divinópolis, mas também das demais cidades da base de representação. “Mesmo com o sindicato com o atendimento presencial suspenso estamos atendendo de maneira on line toda as denúncias encaminhadas à diretoria. Nós colocamos à disposição, pois nosso foco de trabalho agora é justamente para a preservação da saúde de nossos trabalhadores”, disse Luciana.

Trabalho

Já no início da pandemia na região Centro Oeste, o Sintram além de oficiar à Prefeitura de Divinópolis  encaminhou a todas as cidades de sua representação ofício, pedindo o afastamento dos servidores pertencentes ao grupo de risco ao Covid (imunodeprimidos, em tratamento oncológico,  servidores com 60 anos ou mais de idade, portadores de doenças crônicas, os imunocomprometidos e as gestantes) e  também todo material para higienização dos servidores no exercício de suas funções (álcool em gel, sabonete, papel toalha, água, etc), conforme estabelece a  Nota Técnica Conjunta nº02/2020, emitida em data  de 13 de março,  pelo Ministério Público do Trabalho – Procuradoria Geral do Trabalho, pela Coordenadoria Nacional de Defesa do Meio Ambiente de Trabalho – CODEMAT e pela Coordenadoria Nacional de Combate às irregularidades trabalhistas na Administração Pública – CONAP.

Reportagem: Flávia Brandão
Comunicação Sintram