Sintram cobra vereadores pressão no Executivo para cumprimento da lei do gatilho

O diretor jurídico do Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Divinópolis e Região Centro-Oeste (Sintram), Antônio Leonardo Rosa, acompanhado da conselheira fiscal, Lucilândia Lima e do secretário geral, Demétrio Bento da Cruz, esteve ontem (05/04) na Câmara Municipal de Divinópolis para denunciar aos vereadores que o funcionalismo não recebeu a revisão salarial de 4,59%, na folha de março, conforme determina a lei municipal 6.749/2008, que estabeleceu o gatilho automático.  Enquanto isso, o prefeito Galileu Machado (MDB) não se pronuncia sobre o fato e  continua a farra de nomeações de cargos comissionados (cabos eleitorais) que já chegam a 173, numa total falta de compromisso com o dinheiro público e desrespeito ao trabalhador municipal.

A Câmara Municipal de Divinópolis já pagou o salário de seus servidores com o reajuste devido no último dia 20/03. A revisão das perdas inflacionárias é direito garantido a todo trabalhador, conforme prevê a Constituição Federal e em Divinópolis o gatilho regulamenta esse direito.

O diretor jurídico do Sintram, Antônio Leonardo, em conversa com o vereador Elton Geraldo Teavares, durante a sessão de ontem da Câmara. Sargento Elton foi um dos parlamentares a anunciar que pedirá o afastamento do prefeito Galileu Machado, caso o gatilho não fosse pago na folha de março

O diretor Antônio Leonardo disse que o restante do funcionalismo espera que os vereadores cobrem do prefeito  Galileu Machado o devido cumprimento da lei municipal. “Viemos cobrar dos vereadores para que eles estejam cobrando do Executivo o cumprimento da lei, uma vez que cabe ao poder Legislativo fiscalizar o poder Executivo. Nós temos a promessa de alguns vereadores que caso o prefeito não cumprisse a lei, iriam acioná-lo juridicamente, agora nós estamos aguardando que eles cumpram com suas promessas”, disse o diretor.

 ESTADO DE GREVE

A insatisfação dos servidores municipais está estampada com o estado de greve por 120 dias decretado, durante a assembleia da Campanha Salarial, ou seja, um alerta à administração municipal que o funcionalismo a qualquer momento poderá ir as ruas reivindicar seus direitos.

Ainda ontem (04/04), o diretor jurídico do Sintram, Antônio Leonardo, ao ser questionado sobre os próximos passos frente a essa situação frisou que o sindicato não descarta uma paralisação, caso a prefeito continue adiando o início da negociação da Campanha Salarial.   “Há dez dias, estamos aguardando a Prefeitura agendar uma reunião.  (…) Assim que marcar nós vamos reunir com o servidor  para traçar os futuros  rumos e caso não seja marcado estamos pensando em fazer um dia de  paralisação para forçar o Executivo  a sentar na mesa de negociação, pois até hoje ele sequer nos recebeu para que possamos entregar a eles  nossas reivindicações” finalizou o diretor.