Primeiro caso da varíola dos macacos é confirmado em Minas

 

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) confirmou, nesta quarta-feira (29), o primeiro caso de varíola dos macacos de Minas Gerais. O Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde foi notificado nessa terça-feira (28), pelo município de Belo Horizonte, de um caso suspeito de Monkeypox (varíola dos macacos).

Conforme exame liberado nesta quarta-feira (29), pelo Ministério da Saúde, o caso foi confirmado laboratorialmente. O paciente é um homem de 33 anos, que esteve na Europa no período entre 11 e 26/06/2022.

A investigação confirmou que se trata de caso importado. O paciente está estável, em isolamento domiciliar. As pessoas que tiveram contato com o paciente estão sendo monitorados e até o momento não houve identificação de caso secundário.

MAIS CASOS INVESTIGADOS

Após a confirmação do primeiro caso de varíola dos macacos no Estado, outros três seguem sendo investigados, segundo a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG). Oito casos suspeitos já foram descartados depois de exames laboratoriais.

A SES-MG esclareceu, em nota, que os pacientes com casos em análise são de Juiz de Fora, Varginha e Pará de Minas. “Até o momento, os casos suspeitos não têm histórico de deslocamentos ou viagens para o exterior. Dentre os contatos próximos, ainda não há nenhum caso sintomático”, diz trecho da nota.

No sistema Research Electronic Data Capture (Redcap) do Ministério da Saúde, 12 casos suspeitos de Monkeypox foram notificados, sendo oito descartados, um confirmado – de Belo Horizonte – e os três que são investigados.

Mais detalhes dos casos, conforme esclarecido pela SES-MG, não podem ser divulgados “para preservar a privacidade e individualidade dos pacientes, conforme a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD).

TRANSMISSÃO

Após diversos casos confirmados ao redor do mundo, a varíola do macaco – ou a monkeypox – passou a ser mais uma preocupação na vida do brasileiro. Apesar de rara, a doença já preocupa as autoridades, inclusive em Minas Gerais, onde a primeira morte pela doença no mundo é investigada.

Para aumentar a incerteza a respeito dessa doença, a Organização Mundial da Saúde (OMS) ainda não sabe qual a fonte de infecção nos casos relatados. No entanto, segundo informa o Instituto Butantan, já é possível detalhar como a doença tem se espalhado entre os humanos. Confira como ocorre essa transmissão:

  • Contato com gotículas expelidas por alguém infectado (humano ou animal)
  • Contato com as lesões na pele causadas pela doença ou por materiais contaminados, como roupas e lençóis

Ainda segundo o Instituto Butantan, o período de incubação da varíola do macaco é geralmente de seis a 13 dias, mas pode variar de cinco a 21 dias. Assim como ocorre com o coronavírus, o tratamento da varíola do macaco também requer isolamento de 21 dias, com o paciente sob observação médica.

SINTOMAS

Os sintomas iniciais da varíola do macaco incluem febre, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, linfonodos inchados, calafrios e exaustão. Lesões na pele se desenvolvem primeiramente no rosto e depois se espalham para outras partes do corpo, incluindo os genitais. As lesões na pele parecem as da catapora ou da sífilis até formarem uma crosta, que depois cai.

Os sintomas da varíola dos macacos podem ser leves ou graves, e as lesões na pele podem ser pruriginosas ou dolorosas.

Fonte: O Tempo