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O prefeito Fernando Andrade e o vereador Rodrigo Chapolo são acusados de favorecer o Sindicato Rural (Foto: Reprodução/Instagram)

Em apenas seis meses de governo, o prefeito de Bom Despacho, Fernando Andrade (PSD), já coleciona polêmicas envolvendo a gestão do dinheiro público. Denunciado no Ministério Público e na Câmara Municipal por atos que podem configurar improbidade administrativa, o prefeito não se manifestou até agora sobre as vigorosas denúncias que envolvem farta distribuição de verbas públicas a aliados e amigos.

GASTOS DE CAMPANHA DE FERNANDO ANDRADE

A pedra no sapato do prefeito de Bom Despacho é o ex-prefeito Fernando Cabral (Republicanos).  Na primeira denúncia, Fernando Cabral impetrou notícia crime no Ministério Público por prática do nepotismo. A denúncia envolve os ocupantes de cargos comissionados Eduardo Ludugel de Almeida e sua esposa Maria Emília Duarte Soares Ludugel. O emprego foi garantido, segundo apurou o Portal do Sintram, pela amizade entre o casal e o atual prefeito e para pagamento de dívidas políticas com o ex-senador Clésio Andrade.

Eduardo Ludugel foi nomeado em janeiro por Fernando Andrade para o cargo de assessor de comunicação na Prefeitura de Bom Despacho. Em março, mudou de cargo e foi promovido a Chefe de Gabinete, cargo que ocupa até hoje, com salário bruto de R$ 10.364,59. Ludugel também está interinamente no cargo de assessor de comunicação em substituição à titular Thamires Soares dos Santos em período de afastamento.

A esposa de Eduardo, Maria Emília, foi nomeada para o cargo de assessora especial, com salário bruto mensal de R$ 5.962,92.

Ainda há o mais agravante do conflito de interesses.  Maria Emília foi a principal prestadora de serviços para a campanha eleitoral de Fernando Andrade. De acordo com a prestação de contas feitas ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE), Andrade gastou R$ R$ 230,6 mil na campanha para prefeito de Bom Despacho. Maria Emília Duarte recebeu R$ 113 mil, 49,01% do total de gastos da campanha do prefeito, através da empresa Med Comunicação, da qual ela é a única proprietária. A Med Comunicação tem sede em Uberlândia e prestou serviços de marketing na campanha de Fernando Andrade.

SINDICATO RURAL

Presidente do Sindicato, Victor Martins Cançado, prefeito Fernando Andrade e Rodrigo Chapola em foto com diretores do Sindicato (Foto: Reprodução/Instagram)

A última denúncia feita por Fernando Cabral foi encaminhada à Câmara Municipal e envolve a liberação de R$ 550 mil em recursos da Prefeitura para o Sindicato Rural da cidade. Cabral afirma que a Prefeitura liberou o dinheiro sem licitação, sem transparência e com um claro conflito de interesses. O vice-presidente de finanças do Sindicato, Patrick Brauner, é também secretário municipal de Desenvolvimento Econômico na administração de Andrade. Como secretário, foi ele quem liberou o dinheiro, e como vice-presidente do Sindicato, é Patrick Brauner quem administra os recursos e presta contas á Prefeitura.

Também é citado na denúncia o vereador Rodrigo Chapola (PSD). O vereador, do mesmo partido do prefeito, está no seu segundo mandato e ocupa a vice-presidência do Sindicato. Segundo Fernando Cabral, a Lei Orgânica do Município impede que vereadores ocupem cargos em entidades e empresas que recebem verbas públicas.

As denúncias são graves e as provas materiais são incontestáveis. Tanto o vereador, quanto o prefeito, podem ser enquadrados em crimes contra a administração pública e estão sujeitos a perda do mandato.

O Portal do Sintram pediu um posicionamento do prefeito de Bom Despacho através da sua chefia de gabinete sobre todas essas acusações, mas não obteve retorno.

Reportagem: Jotha Lee
Sintram Comunicação


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