
Apesar do início de ano com aumento substancial nos casos de dengue, com a cidade chegando a atingir risco máximo de uma epidemia, a Prefeitura não tem mantido informações atualizadas sobre a situação na cidade. Até agora, segundo a Prefeitura, não foi registrado nenhum óbito esse ano em decorrência da dengue. A morte de um garoto ocorrida na UPA, com declaração da equipe médica de que o óbito ocorreu pelo contágio da dengue, até hoje não foi confirmada pela Secretaria Municipal de Saúde (Semusa). Em maio, a Semusa disse que havia cinco óbitos em investigação e depois disso não houve mais nenhuma informação oficial.
A boa notícia é que o risco de uma epidemia da doença caiu de máximo para médio, conforme mostra o último levantamento realizado pela Semusa, divulgado na semana passada. Segundo a Semusa, o levantamento foi realizado entre os dias 26 e 30 de maio de 2025 para identificar as áreas com maior incidência do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya, além de apontar os principais criadouros.
O levantamento mostrou que o índice médio de infestação no município foi de 1,6%, o que classifica Divinópolis em situação de médio risco de epidemia, segundo os parâmetros estabelecidos pelo Ministério da Saúde. Foram vistoriados 5.912 imóveis, distribuídos em 169 bairros. Desses, 398 apresentavam focos do mosquito, sendo 92% em residências e 8% em lotes vagos.
Os principais criadouros identificados foram depósitos móveis, como bebedouros de animais, pratos e vasos de plantas, responsáveis por 60% dos focos.
Em seguida, destacam-se os depósitos fixos, como ralos, caixas de passagem e sanitários em desuso (20,9%), os reservatórios de armazenamento de água para consumo humano (9,6%) e os recipientes passíveis de remoção, como latas, garrafas e pneus (8,6%). Também foram encontrados criadouros naturais (0,9%), como bromélias.
Segundo o levantamento, as regiões Central (3,5%), Nordeste (2,4%), Norte (2,1%) e Sudeste (1,9%) encontram-se em situação de médio risco. “Esses dados reforçam a importância do monitoramento constante e das ações preventivas em todos os bairros do município. Já as regiões Oeste (0,9%) e Sudoeste (0,1%) apresentam baixo risco de epidemia de dengue”, informou a Semusa.
De acordo com os dados epidemiológicos registrados até o dia 17 de junho de 2025, Divinópolis contabilizou 3.120 notificações de dengue, com 2.013 casos confirmados. Em relação à chikungunya, foram 60 notificações, com 12 casos confirmados. Não houve registros de casos de zika vírus.
O gerente de Vigilância em Saúde, Juliano Cunha, que participou da divulgação dos números do levantamento, destaca que a maioria dos focos poderia ser evitada com pequenas ações por parte da população. “Eliminar água acumulada nos quintais, trocar a água dos animais diariamente e evitar o uso de pratos sob vasos de plantas são atitudes simples, mas que fazem toda a diferença”, afirma.
Com informações da Diretoria de Comunicação