O diretor de Regulação, da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), Erico Souky Munayer relatou em audiência na Câmara Municipal, que há constantes casos de agressões a servidores do sistema de saúde de Divinópolis. Para ilustrar sua informação, Souky revelou um recente episódio ocorrido na UPA 24h, em que uma mãe teria agredido um servidor da Unidade ao ter negado o seu pedido de uma receita médica para o filho. Também mais recente, ele contou que houve agressões a um servidor de uma unidade conhecida como “Semusinha”, que funciona dentro do Hospital do Câncer. Souky disse que nesses casos são feitos boletins de ocorrência. “O atendimento ficou um pouco agressivo. Isso é inadmissível”, disse ele.
A revelação foi feita durante a prestação de contas da Semusa no primeiro quadrimestre do ano. Erico Souky confirmou que está marcada para a próxima segunda-feira (11) a abertura dos envelopes do processo licitatório que definirá a nova organização social que vai gerenciar a UPA Padre Roberto.
A administração atual continua sendo feita pelo Instituto Brasileiro de Desenvolvido Social (IBDS), mesmo com o contrato de prestação de serviços com a Prefeitura tendo sido rescindido no ano passado. Embora a própria Prefeitura tenha tomado a iniciativa da rescisão contratual por má prestação de serviços, o prefeito Gleidson Azevedo (PSC) continua insistindo na terceirização e nova organização social será contratada para gerir a unidade.
Na prestação de contas feitas à Câmara Municipal, a Semusa informou que nos primeiros quatro meses do ano a UPA fez 33.524 atendimentos, média 8.381 ao mês ou 279 ao dia. Com 16.973 atendimentos (60,63%) o serviço de clínica médica foi o mais procurado, seguido pela pediatria com 6.979 (20,83%).
Foram atendidos 32.249 pacientes de Divinópolis (96,33%) e 1.222 (3,64%) de outros 13 municípios da região. Carmo do Cajuru, com 293 pacientes, foi a cidade da região que mais procurou atendimento na UPA nos primeiros quatro meses do ano, vindo a seguir São Gonçalo do Pará, com 53 pessoas.
Outro dado revelado durante a prestação de contas é que no período de quatro meses 92 pacientes ficaram internados na UPA por cinco dias e outros 341 permaneceram na unidade por mais de seis dias.
Reportagem: Jotha Lee
Comunicação Sintram
Fotos: Reprodução/TV Câmara