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No segundo dia de greve geral dos servidores municipais de Bambuí, a mobilização prosseguiu firme e unida. Confira os principais acontecimentos:

O prefeito Firmino Júnior não teve a coragem de encarar frente a frente os servidores e o sindicato e enviou um assessor no meio da praça para tentar negociar o fim da greve (Foto: Reprodução)
O prefeito Firmino Júnior não teve a coragem de encarar frente a frente os servidores e o sindicato e enviou um assessor no meio da praça para tentar negociar o fim da greve (Foto: Reprodução)

Propostas e contraproposta

Proposta da Prefeitura (enviada em 25/06):

  1. Comissão para discutir cargos de novo concurso com início do processo em 25/06/2027;
  2. Abonação de faltas dos grevistas;
  3. Revisão do vale-alimentação (sem data ou índice).

Contraproposta do Sintram (assembleia com 60 participantes):

  1. Constituir comissão específica, com a participação de representantes da Administração e dos servidores, destinada à discussão e definição dos cargos que serão contemplados em novo concurso público cuja lei complementar 001/2025 revogou, considerando data final 25 de junho de 2027 com concurso finalizado e homologado lei revogada
  2. Conceder a abonação das faltas dos servidores que participaram da paralisação para o exercício do direito de greve; 
  3. Rever o valor do vale alimentação reajuste para R$20,00 de setembro/2025

Resposta da Prefeitura: todos os itens foram indeferidos no início da noite.

Os servidores em greve se reuniram na Praça Coronel Torres para panfletagem e bandeiraço (Foto: Pedro Gianelli/Sintram)
Os servidores em greve se reuniram na Praça Coronel Torres para panfletagem e bandeiraço (Foto: Pedro Gianelli/Sintram)

Ações e posicionamento do Sintram

“O Executivo quer intimidar, mas não vai nos calar”, afirmou o presidente do Sintram, Marco Aurélio Gomes. “Já acionamos o Ministério do Trabalho contra ameaças, remanejamentos indevidos e descontos ilegais de ponto — práticas ilícitas que o prefeito insiste em manter. Se não há negociação, levaremos o caso à Câmara dos Vereadores para as medidas cabíveis.”

Em seu Instagram, o Sintram publicou vídeo em que Marco Aurélio reforça:

“Todas as secretarias — Saúde, Obras, Transporte, Educação e Creches — estão paralisadas. Isso não é vontade dos servidores, mas resultado da política de desmonte. A Lei Complementar 001/2025 elimina cargos e corrói nossa carreira.”

Sobre a greve

Esta greve do serviço público em Bambuí é uma luta por justiça, dignidade e pela sobrevivência da cidade.

O que está em jogo é a própria existência dos serviços públicos em Bambuí; a tentativa de terceirização generalizada, somada à extinção sistemática de cargos públicos (Lei Complementar 001/2025). E essa estratégia, carrega um impacto financeiro oculto — e absolutamente desastroso.

A falência anunciada da PREVIBAM E DÍVIDA PARA O MUNICÍPIO PAGAR

A PREVIBAM, sem contribuições suficientes dos servidores da ativa, não conseguirá manter o pagamento dos aposentados.

E então, o que acontecerá?

Simples: A conta recairá sobre a Prefeitura. A Constituição exige que o ente público deve cobrir o déficit, ou seja, estão criando uma dívida gigantesca com os aposentados — UMA DÍVIDA QUE O ORÇAMENTO MUNICIPAL NAO TEM COMO SUSTENTAR. Bambuí caminha, se seguir com essa Lei Complementar, para o colapso fiscal. 

Além disso, os servidores da ativa, se incorporados ao INSS, perderão todos os direitos previstos no Plano de Carreira municipal ao se aposentarem. 

Próximos passos

A greve continua sem prazo para cessar, até que o prefeito revogue a LC 001/2025 e sente à mesa de negociação com o Sintram.


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