Autor: Jota

Zema envia reforma administrativa do Estado à Assembleia Legislativa

Zema envia reforma administrativa do Estado à Assembleia Legislativa

A Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) recebeu a proposta do governador Romeu Zema de reforma administrativa do Estado. Também foram encaminhados pelo governo estadual projeto para a incorporação das atividades da Fundação Educacional Caio Martins (Fucam) pela Secretaria de Estado de Educação e o pedido de desarquivamento de proposta de emenda à Constituição (PEC) que retira da Polícia Civil a competência para exercer atividades de trânsito.

A nova organização administrativa, como define o governo, está contida no Projeto de Lei (PL) 358/23. Entre as principais novidades, estão a vinculação do Departamento de Trânsito de Minas Gerais (Detran-MG) à Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag), por meio da Coordenadoria Estadual de Gestão de Trânsito, e a criação de duas secretarias de Estado: Comunicação Social e Casa Civil.

Também é prevista a criação de oito subsecretarias, como as de Regulação de Transportes e de Política de Habitação, e as seguintes transferências:

  • do Instituto de Desenvolvimento do Norte e Nordeste do Estado (Idene) da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sede) para a Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedese);
  • das agências metropolitanas para a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Mobilidade (Seinfra);
  • do Cerimonial do Governo para a Secretaria de Estado de Governo (Segov);
  • e da Política sobre Drogas para a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp).

O governo argumenta que a nova organização visa aperfeiçoar a gestão pública, com maior eficiência na prestação dos serviços. “Uma estrutura administrativa transparente e objetiva, culminando em um Estado leve, simples e eficiente”, afirma o governador, na mensagem que acompanha o projeto.

DETRAN

A absorção de todas as funções do Detran pela Seplag está diretamente relacionada ao desarquivamento da PEC 71/21, composta de duas matérias: a exclusão, dentre as competências da Polícia Civil, do registro e licenciamento de veículos e da habilitação de condutor; e a desconstitucionalização de regras sobre a estrutura de carreiras da referida corporação.

Para tanto, altera os artigos 139 e 140 da Constituição estadual, que tratam da organização da Polícia Civil.

A PEC tramitou na última Legislatura, mas não chegou a ser aprovada em Plenário. À época, o governo ponderou que a Polícia Civil, além da atribuição de polícia judiciária prevista na Constituição Federal, ganhou, em Minas, as competências ligadas ao trânsito, sem correspondência em outros Estados.

FUCAM

A terceira mensagem do governador recebida pelo Plenário encaminha o PL 359/23, que transfere as competências da Fucam para a Secretaria de Educação, culminando na extinção da fundação.

Por intermédio da secretaria, o Estado sucederá a Fucam nos contratos e convênios celebrados e nos demais direitos e obrigações correspondentes às competências incorporadas.

Os servidores efetivos e os detentores de função pública lotados na Fucam serão transferidos para a Secretaria de Educação.

Serão mantidos os cursos e atividades para a formação, qualificação profissional, elevação da escolaridade e outras ações educacionais com objetivo de desenvolvimento da autonomia, atitudes empreendedoras e inclusão social e produtiva da população do campo.

Fonte: ALMG

 

 

Governo confirma proposta de 9% de reajuste a servidores federais

Governo confirma proposta de 9% de reajuste a servidores federais

 

O governo federal confirmou a proposta de reajuste salarial linear de 9% para os servidores públicos federais. A terceira rodada de negociações ocorreu na última sexta-feira e o andamento das negociações já havia sido adiantado pelo Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate).

Além dos 9% no salário linear para todos os servidores a partir de maio, o governo propõe um acréscimo de R$ 200 no auxílio-alimentação. Assim, o valor do auxílio passaria de R$ 458,00 para R$ 658,00. Segundo o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, a proposta do governo tem impacto nos cofres de R$ 11,2 bilhões, já previsto no orçamento deste ano.

Participaram da mesa de negociações várias entidades representativas de servidores públicos federais, enquanto o governo esteve representado pelo secretário de Gestão de Pessoas e Relações de Trabalho do MGI, Sérgio Mendonça, a respectiva secretária adjunta Meri Lucas, o secretário-executivo adjunto do Ministério do Trabalho e Emprego, Valter Correia, a diretora do Departamento de Relações de Trabalho, Edina Maria Rocha Lima, e o diretor substituto do Departamento de Relações de Trabalho, José Borges de Carvalho Filho.

Após a reunião de sexta, o presidente do Fonacate, Rudinei Marques, afirmou que os representantes dos servidores foram até os limites nas reivindicações. Agora, a proposta do governo será submetida aos trabalhadores.

“O governo vai nos enviar na segunda-feira a formalização dessa proposta para que possamos levar para nossas bases, quando irão referendar ou não a proposta do governo. Entendemos que fizemos o possível, estendemos a corda até o limite. Agora, fica com a base a deliberação de aprovar ou não”, afirmou Marques. O Fonacate é formado por 36 afiliadas e representa mais de 200 mil servidores públicos.

A pauta de negociações tem três momentos. O primeiro deles trata do aumento de 2023, a partir de maio; em seguida, as discussões relacionadas à legislação e condições de trabalho dos servidores, as chamas pautas não econômicas. Por fim, será discutido o aumento salarial para 2024, considerando que a lei orçamentária para o próximo ano ainda está em elaboração.

Fonte: Agência Brasil